Não caiam nas bravatas da defesa de Lula
Notícia do Último Segundo:
O Comitê de Direitos Humanos das Organização das Nações Unidas (ONU) aceitou em primeiro juízo a denúncia apresentada pelos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a atuação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. A informação foi passada pela equipe do ex-presidente e ainda não teve confirmação por parte da ONU.
De acordo com a defesa de Lula, os advogados do ex-presidente foram comunicados nesta quarta-feira (26) de que a representação contra Moro foi registrada no Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. O órgão deu prazo de dois meses para que o governo brasileiro preste "informações ou observações relevantes à questão da admissibilidade da comunicação".
Na denúncia apresentada pelos defensores do petista no dia 28 de julho, o advogado Cristiano Zanin Martins relata suposta violações ao Pacto de Direitos Políticos e Civis, adotado pela ONU, na atuação do juiz Moro e dos procuradores da Lava Jato.
Entre as supostas práticas irregulares adotadas pela força-tarefa da Lava Jato estão a "privação da liberdade" do ex-presidente no episódio da condução coercitiva em 4 de março e o vazamento de grampos telefônicos de conversas do petista.
"As evidências apresentadas na ação se reportam, dentre outras coisas: [...] a diversas medidas cautelares autorizadas injustificadamente; e, ainda, ao fato de Moro haver assumido em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal, em 29 de março, o papel de acusador, imputando crime ao ex-presidente por 12 vezes, além de antecipar juízo de valor sobre assunto pendente de julgamento", escreveu o advogado.
Em nota, a defesa do petista considera a aceitação da denúncia "mais um passo na proteção das garantias fundamentais do ex-presidente. "A data é emblemática porque justamente hoje nos encontramos em Boston, para discutir o fenômeno do lawfare com especialistas da Universidade de Havard. É especialmente importante saber que, a partir de agora, a ONU estará acompanhando formalmente as grosseiras violações que estão sendo praticadas diariamente contra Lula no Brasil", escrevem os advogados.
Calma, não é por aí.
É natural que o Comissariado de Direitos
Humanos faça a admissibilidade da denúncia. Com a mobilização da esquerda
internacional, de governos e organizações não governamentais em favor de um
ex-chefe de estado, o órgão não iria descartar a denúncia de imediato. Mas não
há mérito, e nem razão para temer qualquer embaraço ao trabalho da Operação
Lava Jato.
O que o Comissariado fez foi dar a oportunidade
para que o governo brasileiro esclareça os fatos, de maneira a deixar
cristalino que Lula “exagera”. Apesar da ONU não ser isenta, não há que se
temer obstrução da Justiça em um país que vive em plena normalidade
democrática. E quem diz isso é a própria ONU, que reconheceu o processo que a
defesa de Lula alega ser “consequência da perseguição política contra o
ex-presidente e o Partido dos Trabalhadores”.
É obvio que a defesa diga que isso “é mais um
passo na denúncia”. E é natural que a extrema-esquerda comemore um cobrança de
falta como se fosse um gol decisivo. Não é. Para dizer que Lula é inocente, o
Comissariado teria que verificar todo o processo, que analisar todo o trabalho
da Policia Federal e do Juiz Sérgio Moro. Seria um trabalho moroso, que em tese
não ajudaria muito o petista. Em tese, a ONU passaria por cima do Judiciário
brasileiro. Se a corte validou a Operação e as investigações, significa que a
corte foi cúmplice de uma violação aos direitos humanos. Isso não vai
acontecer.
Só para deixar ainda mais claro: sobra credibilidade internacional para a Operação Lava Jato. Além do apoio de países como Estados Unidos, Reino Unido e Holanda (onde o esquema criminoso de poder possuía conexões), há o reconhecimento por parte da Interpol e da Transparência Internacional. Enquanto a força-tarefa é elogiada pela coragem pela Transparecia Internacional, a Interpol ofereceu apoio total aos investigadores. Foi até sugerido que a força-tarefa se tornasse uma divisão permanente da Justiça brasileira. Quem iria se colocar contra esse trabalho sem sair com a suspeita de cúmplice de corruptos?
Só para deixar ainda mais claro: sobra credibilidade internacional para a Operação Lava Jato. Além do apoio de países como Estados Unidos, Reino Unido e Holanda (onde o esquema criminoso de poder possuía conexões), há o reconhecimento por parte da Interpol e da Transparência Internacional. Enquanto a força-tarefa é elogiada pela coragem pela Transparecia Internacional, a Interpol ofereceu apoio total aos investigadores. Foi até sugerido que a força-tarefa se tornasse uma divisão permanente da Justiça brasileira. Quem iria se colocar contra esse trabalho sem sair com a suspeita de cúmplice de corruptos?
É evidente que isso servirá como munição
retórica para os partidários do plano criminoso de poder, o que não devemos é
cair nessas armadilhas. Lula não escapa da operação Lava Jato, ainda que esgote
todos os recursos. Não enquanto o Brasil for uma democracia. O caso de Lula não
poderá ser julgado antes de 2017 ou 2018. Logo, uma eventual condenação não implicaria
em obstáculo para sua prisão. Isso se a já desacreditada ONU resolvesse
mergulhar ainda mais seu nome na lama. Não, aqueles senhores tem assuntos mais
urgentes para resolver do que proteger um cadáver político como Lula. Esse
senhor já está desacreditado internacionalmente, reconhecido como criminoso por
todos os que um dia o bajularam. Só resta mesmo o apoio da velha
extrema-esquerda de sempre. Por favor, não caiam nas bravatas da defesa de Lula.
Não aprenderam nada com os desenhos e quadrinhos? Sempre há aquele momento em
que o vilão diz: “Não adianta, resistir é inútil”. E depois morre. Foi assim
com o impeachment, e será assim com Lula.
Colabore com o blog. Faça a sua assinatura ou doe para O Reacionário
